De acordo com o Código Civil, os escritórios de advocacia não podem ter natureza jurídica de empresa, sendo sempre formados por sociedades simples. Porém, isso não quer nem de longe dizer que o advogado não possa explorar suas atividades intelectuais de alta relevância social tendo como objetivo da sua atividade o lucro. Apesar de não podermos tratar os serviços advocatícios como mercadoria, também não podemos, jamais, deixar de lado a organização dos fatores negociais da profissão. Advocacia é negócio, e isso não é errado.

Em nosso último texto falamos sobre o Legal Operations e sobre a importância das áreas administrativas nos escritórios de advocacia. Ressaltamos que, independentemente do porte, como qualquer outro negócio, os escritórios dependem de uma boa gestão para crescer e funcionar bem. Pois bem, outro fator fundamental para o bom funcionamento de qualquer negócio é a venda. Não adianta de nada você ser um excelente advogado, com competências e habilidades que atendam as demandas e dores do mercado, se você não tiver clientes que saibam da sua expertise e se não for capaz de vender os seus serviços.

Para alavancar qualquer escritório de advocacia, é fundamental conquistar e fidelizar clientes. Não à toa, a demanda pelo marketing jurídico tem crescido bastante nos últimos anos. Com os avanços das tecnologias e o crescimento da relevância das redes sociais, a maneira como as pessoas buscam os prestadores de serviços de Direito e absorvem informações para decidir quem contratar têm se transformado. Consequentemente, o marketing jurídico digital se torna cada vez mais relevante para os advogados.

Para vender seus serviços e fazer marketing no mercado jurídico é, preciso, sem dúvidas, se manter focado nas premissas fixadas pelo Código de Ética e Disciplina. Recentemente, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou o novo Provimento 205/2011, que regulamenta a publicidade na advocacia, justamente com o intuito de adequar o marketing jurídico aos avanços sociais e tecnológicos, já que as redes sociais passaram a ser forte meio de veiculação de publicidade lícita.

O ato, aprovado no final de 2021, reitera em seu artigo 1° a possibilidade de realização de publicidade no mercado jurídico, desde que exercida em conformidade com os preceitos éticos e com as limitações impostas pela legislação, e mediante a exposição de informações verdadeiras. Resumindo, se respeitados os limites éticos, os advogados estão, sim, autorizados a fazer marketing jurídico digital de caráter informativo, sem estímulo direto ao litígio ou à contratação de serviços.

É claro que no caso do mercado jurídico, não é possível prometer resultados, já que estes dependem de inúmeros fatores e nunca são garantidos. Porém, os advogados podem e devem manter o seu público-alvo informado sobre suas habilidades, competências, conhecimentos e especialidades que atendem as demandas dos clientes e aumentam a chance de resultados satisfatórios a fim de conquistar clientes.

Dentro de um escritório de advocacia, o marketing jurídico é um pilar fundamental, que envolve toda a estratégia de posicionamento, estruturação da imagem corporativa, retenção e obtenção de novos clientes. As questões principais são: como fazer marketing jurídico adequadamente e como vender os seus serviços de maneira ética, adequada ao Código de Ética e Disciplina e ao novo Provimento 205/2021?

São muitas as barreiras que os advogados encontram quando pensam em se tornar vendedores de seus próprios serviços. Até porque essa é uma matéria que não faz parte do currículo das faculdades de Direito, apesar de ser fundamental para a sobrevivência dos profissionais no mercado. É preciso aprender a vender de forma estruturada, ter consciência dos seus diferenciais e saber que os fatores que te levam a ganhar ou perder novos negócios ocorrem em sua maior parte no nível inconsciente de quem está tomando a decisão.

Apesar de não serem empresas, conceitualmente e tributariamente falando, é importante que os escritórios se portem como tais. Isso não significa ter uma produção automatizada – principalmente porque o exercício da advocacia tem como premissa resolver problemas dos clientes, pensando de maneira estratégica, e, portanto, demanda um trabalho personalizado -, mas é indispensável que os negócios tenham uma organização voltada à imagem corporativa e ao lucro adequado.

Para se obter sucesso no mercado jurídico, é importante ter um processo de venda impecável, afinal essa é a sua primeira entrega de valor para o cliente do seu escritório. Entender as dores de seus clientes, identificar suas necessidades é um passo fundamental para isso. Um bom processo de descoberta de informações garantirá não apenas os insumos necessários para montar sua proposta de forma arrebatadora, como também um prospect satisfeito e confiante ao longo do processo. A partir das informações coletadas será possível construir uma proposta comercial com o preço adequado que o seu serviço vale.

Cada vez mais, os advogados precisam estar bem preparados para vender seus serviços. Pensando nessa demanda, em uma empreitada inédita, a Sapiro seu juntou ao renomado profissional da área da Economia Comportamental e Neurociência aplicada à Marketing e Vendas, Felipe Zorzi, em uma parceria para o curso Spoiler: uma imersão nas Ciências Comportamentais aplicadas a vendas exclusiva para escritórios de advocacia. Com Spoiler aumentamos radicalmente a taxa de conversão de novos projetos na Sapiro e, exatamente por isso, resolvemos dividir a experiência com você. Quer saber mais? Clique aqui e entenda o Spoiler